segunda-feira, 28 de maio de 2012

RAIVA E AUTO-APREÇO

Tive, de uma semana para cá, duas experiências que me desencadearam um processo de raiva e revolta, pois me considerei injustiçada por me fazerem certo mal ou me prejudicarem sem nenhum motivo aparente, já que me considero razoavelmente "do bem". Procuro, da melhor forma que consigo, ser amigável e grata. Gosto de boas trocas! Não sou boazinha, mas TENTO ser justa,  então quando levei as chapuletadas, procurei rever meu comportamento. O que será que fiz para atrair tais situações? Não achei nada...aí piorou. Confesso que lido muito mal com O MAL, me desestabiliza muito. Gratuito, sem sentido, sem motivo que dê para entender o outro lado (eu tentei), fica pior ainda.

Aí entrei nessa "bad trip" de revolta, raiva e lamúria. Minha justiceira interna ressurgiu das cinzas e...aclamou aos sete ventos: "Porquê, porquê, porquê fizeram tal maldade comigo?" E quando a poeira estava baixando, veio a cacetada dois. "Eu, tão inocente e pura, um poço de bondade, uma terapeuta que precisa estar bem para passar só coisas boas para as pessoas, porquê?!?"

Delirei a vontade, centrada no meu choque e sofrimento. Mas meu sistema vital juntamente com o organismo físico,  intoxicados mais pela minha RAIVA do que pelos fatos em si (vendo agora foram pequenos), gritaram logo: "CHEGA DE DRAMA! Bola prá frente! Isso é coisa do Ego".

Rapidinho fiz um Floral, coloquei uns Cristais Radiônicos em mim e corri atrás de ler algo que me ajudasse. Lembrei do Budismo, pesquisei e bingo... me liberei daquilo tudo, acreditem! Achei textos sobre raiva e fui apresentada a expressão AUTO-APREÇO (no ocidente chamamos de Ego) e cairam as fichas. O processo todo levou 3 dias: choque, incompreensão, raiva, intoxicação, necessidade de melhora e busca de solução interna. Agora passou tudo faz uma semana e parece que ficou longe, pois consegui superar. Às vezes ainda surge um pensamento rançoso e eu falo para ele: shiiiiii! Aquieta mente, que quero ser feliz! Resumo da ópera: escorrego ainda na vida, mas me recupero cada vez mais facilmente. A fila anda e a vida é boa!

RAIVA
Um dos piores efeitos da raiva é nos roubar a razão e o bom senso.
Na ânsia de retaliar a quem supostamente nos prejudicou,
ficamos expostos a grandes perigos em nome de uma vingança mesquinha.
Se conseguirmos reconhecer uma linha de pensamentos negativos
antes que eles se convertam numa explosão de raiva, será mais fácil controlá-los.
Controlar e reprimir a raiva são coisas muito diferentes.
A repressão ocorre quando a raiva já se desenvolveu plenamente
sem que tenhamos reconhecido sua presença.
Fingimos para nós e para os outros que não estamos com raiva
[controlamos a expressão externa da raiva, mas não a raiva em si].
Isso é muito perigoso, porque a raiva continuará alojada
sob a superfície da nossa mente, fortalecendo-se cada vez mais
até, inevitavelmente, um dia explodir.
Quando controlamos a raiva, vemos exatamente o que está
acontecendo em nossa mente. Reconhecemos de modo honesto
nossos impulsos raivosos, entendemos que deixá-los crescer
só resultará em sofrimento e tomamos uma decisão
livre e consciente de reagir de modo mais contrutivo.
Se agirmos desse modo habilidoso, a raiva não terá chance
de se desenvolver e, portanto, não haverá nada a ser reprimido.


AUTO-APREÇO
É uma atitude mental que considera nosso próprio eu como precioso e importante. É tido pelos Bodissatvas (aqueles cujo objetivo é tornar-se plenamente iluminado) como o principal objeto a ser abandonado. Quando alguém nos agride com palavras rudes, sentimo-nos magoados e infelizes. Por quê? Porque nos julgamos muito importantes, nada mais. Não fosse por isso, palavras de crítica, censura ou zombaria nunca nos atingiriam. O poder que os diversos tipos de discurso ofensivo têm de nos ferir deve-se unicamente, ao nosso auto-apreço. Havendo auto-apreço, tais palavras dilaceram nossa mente conforme são proferidas e esfregamos sal na ferida ao relembrá-las sem parar. Então, sentimos raiva da outra pessoa e ficamos ressentidos - tudo isso por nos julgarmos tão preciosos.



Trechos retirados dos blogs:

Leia também sobre o autor, Mestre Geshe Kelsang Gyatso,  Budismo Kadampa
e o livro "Como solucionar nossos problemas humanos" em:

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